Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União zoneamento para cultura da palma forrageira em Alagoas

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou no Diário Oficial da União do dia 06/03, o zoneamento agrícola de risco climático para a cultura de palma forrageira em Alagoas. 

Em nota técnica publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, o secretário de Política Agrícola do ministério, Eduardo Sampaio Marques, explica que o zoneamento agrícola de risco climático em Alagoas tem por objetivo identificar os municípios aptos e os períodos de semeadura para o cultivo da palma forrageira no estado, em níveis que variam de 20% a 40%. Ao todo, foram listados 61 municípios alagoanos.

A nota técnica informa que essa identificação foi realizada com a aplicação de um modelo de balanço hídrico da cultura. "Neste modelo são consideradas as exigências hídrica e térmica, duração das fases fenológicas e do ciclo e, da reserva útil de solos para cultivo desta espécie, bem como dados de precipitação pluviométrica e evapotranspiração de referência de séries com, no mínimo, 15 anos de dados diários registrados em 3.500 estações pluviométricas selecionadas no país", diz a nota.

Conforme descrito na nota técnica, quando bem manejada, a cultura da palma forrageira pode ser conduzida por vários anos com colheitas sucessivas em intervalos de tempo de até 24 meses ou a depender da demanda de fornecimento de alimentos para os animais, o que pode antecipar o corte da cultura.

"Por se tratar de um modelo agroclimático, parte-se do pressuposto que não ocorrerão limitações quanto à fertilidade dos solos e danos às plantas devido à ocorrência de pragas e doenças", informa a nota técnica.

Abaixo segue link para baixar na íntegra a Nota Técnica publicada no DOU.

Zoneamento da Palma Forrageira em Alagoas - DOU

Para este blog, a iniciativa é muito louvável, e deve ser replicada para todos os estados do Nordeste Brasileiro.

Raimundo Reis
Zootecnista

PLANTIO DE BRS CAPIAÇU, NAPIER E CANA DE AÇÚCAR, CONSORCIADOS COM MOGNO AFRICANO

O BRS Capiaçu, que é uma cultivar do Capim elefante, está muito em evidência ultimamente. Esta variedade estava sendo pesquisada pela EMBRAPA como alternativa de produção de Biomassa, com objetivo de geração de energia. Diante do seu alto potencial produtivo e características morfológicas e nutricionais, os pesquisadores detectaram a possibilidade em trabalhar com o BRS CAPIAÇU na alimentação de bovinos, ovinos e caprinos, especialmente na forma de silagem.

De minha parte, tenho o interesse em conhecer o potencial de produção desse capim na forma de silagem e sua consorciação com palma forrageia em dietas pata ruminantes, que aliás acredito bastante. 

Aproveitei a experiência DO plantio do BRS CAPIAÇU e também plantei, para efeito comparativo, do capim elefante Napier (Verde e Roxo), todos utilizando o mesmo sistema de plantio, consorciados com MOGNO AFRICANO. 

Segue abaixo link com uma cartilha da EMBRAPA sobre o Capim BRS CAPIAÇU.

Cartilha BRS Capiaçu - EMBRAPA

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Projeto em Santana do Seridó/RN, faz reuso de água para o cultivo irrigado da palma forrageira

A irrigação para o cultivo da palma forrageira não é nenhuma novidade, porém, o reuso da água provenientes de estação de tratamento sim! Nesta matéria, projeto primeiro na cidade de Santana do Seridó/RN, mostra que é possível fazer reuso de água para o cultivo da palma forrageira. Uma excelente idéia que deveria ser replicada em cada município do semiárido brasileiro. Parabéns a prefeitura de Santana do Seridó e que venham outras iniciativas como essa.

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CUIDADO AO USAR HERBICIDA PARA CONTROLE DE ERVA DANINHA NA PALMA FORRAGEIRA

Apesar de não existir defensivos agrícolas (herbicidas e inseticidas) registrado no Ministério da Agricultura para a cultura da palma forrageira, grande parte dos produtores utilizam esses produtos para controlar erva daninha (herbicida) e pragas (inseticida), esse último para controlar, especialmente, a cochonilha de escama. 

Como não tem produto registrado, o uso dos defensivos, em função da ausência de propaganda e recomendações técnicas de seu uso pelas empresas, é feito, muitas vezes, por tentativa e erro, ou por indicação de terceiros, seja por outros produtores ou mesmo por técnicos.

O fato é que existem muitos produtos no mercado, com princípios ativos diferentes e forma de atuação própria, seja para matar o inseto ou o inseto. Além disso, tem os efeitos específicos em cada planta, portanto é BOM TOMAR MUITO CUIDADO AO USAR HERBICIDA E INSETIVIDA NA ÁREA DE PALMA.

Neste vídeo, mostro o uso inadequado de um desses defensivos, que, apesar de apresentar eficiência no controle de erva daninha no palmal, apresenta uma contraindicação que deve ser respeitada: NÃO DEVE SER UTILIZADA CASO A PLANTA TENHA BROTOS NOVOS. Caso seja usado, o efeito é imediato. Haverá mortalidade do broto e o aparecimento de fungos no local. O prejuízo é grande, já que além de perder as novas brotações (futuras raquetes), você perderá produção, inclusive com a raquete contaminado pelos fungos.

Portanto, fica a dica: CUIDADO COM O HERBICIDA QUE VOCÊ VAI USAR NA PALMA. CONSULTE UM ESPECIALISTA EM SUA REGIÃO.

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PALMA FORRAGEIRA MOSTRA ADAPTABILIDADE EM DIFERENTES CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Os diversos trabalhos científicos já chancelaram as condições climáticas ideias para o desenvolvimento da palma forrageira, cito abaixo as três principais: - Precipitações entre 500 a 700 mm/ano; - Temperaturas noturnas entre 15 a 20 graus celsius; - Umidade relativa do ar entre 55 e 60%. Sem dúvida alguma que nestas condições a palma se desenvolve muito bem, porém, pergunto: e se essas condições forrem diferentes, não devemos cultivar a palma forrageira? Bom, as pesquisas científicas e experiências de campo empíricas (sem base científica), mostram também que é possível produzir palma com desenvolvimento satisfatório. Um bom exemplo são as pesquisas sobre o uso da irrigação para produção da palma. Com essa tecnologia, a temperatura noturna, a umidade relativa do ar e as precipitações, tornaram-se secundárias. No âmbito prático, muitos produtores estão implantando área de palma em locais "não apropriados", em sistema de sequeiro, porém com resultados interessantes. Uma dessas áreas se encontra no município de Tianguá, localizado na Serra da Ibiapaba, no Ceará. Neste município a precipitação média anual é de 1.100 mm, a temperatura máxima é de 35 graus celsius e a mínima é de 21 graus, enquanto que a umidade relativa do ar gira em torno de 80%. Foi nestas condições que o produtor Roberto Pessoa implantou uma área experimental de palma forrageira (0,7ha), em fevereiro de 2018, portanto a um ano atrás. O plantio foi feito já no período chuvoso, sendo que o ideal seria ter plantado 30 dias antes das chuvas. Mesmo sem o manejo ideal, especialmente quanto a adubação, a palma demonstrou bom desenvolvimento e adaptação ao clima local. Por enquanto o resultado é visual, mas em breve o produtor terá dados concretos para avaliar o desenvolvimento da cultura. Continuamos o trabalho de "formiguinha" objetivando a expansão da palma forrageira na região Nordeste. Em breve mostrarei outras áreas implantadas e seus resultados. No mais, é aproveitar o período de chuva e continuar a plantar palma. Mão na massa pessoal! Espero que gostem e não esqueçam de dar um like e se inscrever no canal. Acompanhe as nossas mídias sociais: https://www.facebook.com/palmaforrage... https://palmaforrageiraouroverdedoser... https://www.youtube.com/channel/UCflP...

Raimundo Reis
Zootecnista

MINISTRA DA AGRICULTURA, TEREZA CRISTINA, RECEBE PROJETO PARA DINAMIZAÇÃO DA PALMA FORRAGEIRA

Em uma semana de maratona de visitas em projetos agropecuários na região Nordeste, a Ministra da Agricultura, Thereza Cristina, no dia 15/02/2018, foi conhecer unidades de produção de rosas e flores ornamentais em São Benedito, e uma granja, a EMAPE, localizada no município de Tianguá, na Serra da Ibiapaba (CE).

A EMAPE é uma granja produtora de ovos, sendo uma das mais modernas do setor na região Nordeste. Bom, mas o que tem a ver a visita da Ministra Tereza Cristina e os empreendimentos visitados, com a Palma Forrageira? Bem, a princípio nada! Porém, o proprietário da granja, Roberto Pessoa, a pouco mais de um ano atrás me procurou para que implantássemos uma área de palma forrageira em sua propriedade, o que foi realizado, sendo concluído o plantio em fevereiro/2018. Como iria haver a visita da ministra, Dr. Roberto Pessoa, nos convidou para apresentar a palma forrageira. Daí pensei comigo: acho que é uma oportunidade para não só apresentar a palma forrageira, como também entregar uma proposta para dinamizar o cultivo da palma em terras cearenses. Foi uma boa ideia!

Eu e meu amigo de guerra em defesa do setor agropecuária nordestino, Francisco ZUZA de Oliveira, nos unimos na tarefa de arranjar uma “brechinha” na agenda intensa da ministra e apresentar a proposta sobre a palma forrageira. Não foi uma fácil, mas conseguimos um tempinho com a ministra e entregamos nossa proposta.

Bom, a conversa foi bem curtinha, mas espero que, não só a ministra, como o Secretário Nacional da Agricultura Familiar, que também estava presente, tenham conseguindo perceber a importância estratégia do cultivo da palma forrageira para as atividades pecuárias na região Nordeste. 

Espero que a pequena explanação e o documento entregue despertem o interesse para implantação efetiva de ações voltadas para a dinamização da palma forrageira, tanto para ampliação das áreas cultivadas, como também para implementação de políticas que possibilitem o incremento da produtividade através de introdução de tecnologias, como o adensamento e a irrigação, além de controles de pragas e doenças. 

A nossa parte foi feita. Agora é contar com o apoio de entidades, produtores, técnicos e agentes envolvidos nas atividades pecuárias, como a bovinocultura e a caprinovinocultura, as quais tem a palma forrageira como a melhor alternativa alimentar na região semiárida.

Abaixo segue o link da proposta apresentada a ministra:

https://drive.google.com/file/d/1d1dBcejfJ0lIsOSHsy_9jIqSrsZ8tNbI/view?usp=sharing

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PALMA FORRAGEIRA: HISTÓRIA, IMPORTÂNCIA E QUALIDADE NUTRICIONAL

Essa matéria é simplesmente fantástica! A reportagem mostra os caminhos que a palma percorreu até chegar ao Brasil, trazida por Dom João VI, a sua utilização na alimentação animal (e como tudo começou no estado de Pernambuco) e evidencia também suas qualidades nutricionais na alimentação animal e humana, além das suas características medicamentosas. 

Para coroar essa bela reportagem/documentário, o pesquisador do IPA (PE), Djalma Cordeiro dos Santos explana sobre a história da palma forrageira e também fala sobre os trabalhos de seleção de novas variedades. Por fim, a repórter Beatriz Castro entrevista Paulo Suassuna, que dá um show de conhecimento e didática.

Parabéns ao programa Nordeste Viver e Preservar, a qual dou todos os créditos pelo belíssimo trabalho.

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Raimundo Reis

Zootecnista

VEJA COMO IMPLANTAR UMA ÁREA DE 2.000 M2 DE PALMA FORRAGEIRA

Neste vídeo apresento a implantação de um módulo de palma forrageira de 2.000 m², detalhes sobre espaçamento, forma de plantio, adensamento e qualidade de muda.

Neste módulo, implantado no município de Quixeramobim/CE, utilizamos a variedade MIÚDA e o uso de 10.000 mudas/2.000 m², o que equivale a um adensamento de 50.000/hectare.

Quer começar a cultivar palma forrageira em sua propriedade? Então comece com uma área pequena. Além de reduzir custos na implantação da área desejada no futuro (você fará as próprias mudas), você terá tempo para apreender o manejo da cultura.

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PALMA FORRAGEIRA IRRIGADA: QUAL O MELHOR MÉTODO DE IRRIGAÇÃO?

O uso da irrigação no cultivo da palma forrageira é uma tecnologia recente, ganhando impulso a partir de uma pesquisa feita pela EMPARN no Rio Grande do Norte, em 2009, que mostrou que o uso da irrigação, não só viabilizou a produção da palma forrageira em regiões que não apresentava condições climáticas ideais (Temperatura Noturna: entre 15 a 20⁰C e Umidade Relativa do Ar entre 40 e 60%), como potencializou a produção por área. 

De lá para cá, a tecnologia vem sendo muito utilizada, especialmente no Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. As universidades produzem a cada dia novas pesquisas relacionadas ao tema, como definição da melhor lâmina d'água, turno de rega, dentre outras importantes informações. 

No sistema de cultivo irrigado da palma forrageira, prevalece na pesquisa e no campo, a utilização do sistema de gotejamento. Mas quem disse que esse método de irrigação é o melhor?

Diante desta indagação, a partir de dezembro de 2016, iniciei meu doutorado na UFC, tendo como tema: "Produtividade da Palma Forrageira, cultivar Orelha de Elefante Mexicana, em diferentes métodos de irrigação e frequência de corte". 

O experimento de campo acabou em janeiro/2019, porém a defesa da tese e a publicação dos dados finais deverão ser publicados até fevereiro de 2020, porém, faço aqui, comentários de ordem prática e de manejo dos quatro diferentes métodos de irrigação, são eles:

- Gotejamento;

- Microaspersão;

- Micro Spray Jet;

- Aspersão.

Dividi a apresentação em quatro partes, onde comento em cada vídeo um método de irrigação. 

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Palma forrageira irrigada: Qual o melhor método de irrigação? (Parte 1 - Gotejamento)

Palma forrageira irrigada: qual o melhor método de irrigação? (Parte 2 - Microaspersão)

Palma forrageira irrigada: qual o melhor método de irrigação? (Parte 3 - Micro Spray Jet)

Palma forrageira irrigada: qual o melhor método de irrigação? (Parte 4 - Aspersão)